sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Fed Cup 2010 - PORTUGAL VS ROMÉNIA

Portugal perdeu nesta sexta-feira com a Roménia, por 2-1, no último dia do "round robin". A selecção nacional feminina ficou no último lugar da "poule" B e vai ter de disputar, no sábado à tarde, com a Bulgária o "play-off" de relegação do Grupo I da Zona Europa-África da Fed Cup by BNP Paribas, que a Federação Portuguesa de Ténis está a organizar na nave coberta do Jamor, onde ainda decorrem os últimos encontros das "poules" C e D.


Para Portugal garantir a manutenção no Grupo I necessitaria de derrotar a Roménia pelos parciais mais desnivelados possíveis e esperar por uma vitória concludente da Suíça sobre a Croácia. Nesse cenário, a Suíça ficaria destacada na primeira posição da "poule" B e depois haveria três equipas com uma vitória em três derrotas, sendo necessário recorrer ao sistema de desempate.

A Suíça da famosa Patty Schnyder fez o seu papel e derrotou a Croácia, por 3-0, mas Portugal é que não conseguiu vergar a Roménia, sofrendo o seu terceiro desaire seguido, depois do 3-0 de quinta-feira com a Suíça e do 2-1 de quarta-feira com a Croácia.

A "poule" B concluiu-se, portanto, com a Suíça em primeiro, com 3 vitórias e sem derrotas, seguida de Roménia (duas vitórias e uma derrota), Croácia (1-2) e Portugal (0-3). A Suíça qualificou-se para o "play-off" de sábado com vista a um eventual acesso ao Grupo Mundial II, enquanto Portugal vê-se forçado a jogar o "play-off" de relegação. Roménia e Croácia já garantiram a permanência no Grupo I, em 2011.



Maria João Koheler-Simona Halep

No primeiro encontro de singulares da terceira e última jornada da "poule" B, Maria João Koehler perdeu com Simona Halep, por 6-4 e 6-1, em uma hora e 21 minutos.

Foi a estreia da portuense de 17 anos, 509.ª do "ranking" mundial, em encontros de singulares na selecção nacional da Fed Cup.

As 11 duplas-faltas cometidas demonstram o nervosismo que tanto a própria Maria João como o seleccionador nacional, Pedro Cordeiro, admitiram ter minado a sua prestação. Aliás, o serviço acabou por ser o calcanhar de Aquiles da agradável exibição da portuguesa, que até empolgou o público (no qual se encontrava o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias), pela garra e pelo jogo declaradamente de ataque.

"A Koehler jogou muito bem no início e creio que até jogou melhor do que a Halep até aos 4-4, mas, nessa altura, verificou-se que a portuguesa tinha menor experiência. Aos 4-4, a Halep não tremeu, ganhou o primeiro ‘set’ e, a partir desse momento, o encontro ficou resolvido", disse Irina Spirlea, a famosa seleccionadora da Roménia que, em 1997, chegou a andar pelo sétimo lugar do "ranking" mundial.

Pedro Cordeiro considerou "normal que a Maria João tivesse entrado um pouco nervosa".

"Mas ela teve excelente prestação e houve sete jogos em que teve ponto para ganhar e acabou por perder. Bastava que alguns desses jogos tivessem calhado para o seu lado para que a história do encontro pudesse ter sido diferente. Falhou por alguma ansiedade e por obviamente estar a jogar pela primeira vez na Fed Cup", referiu.

As estatísticas dão razão ao seleccionador: no primeiro "set" houve seis jogos decididos nas vantagens e no segundo "set" foram cinco. Halep soube, sobretudo, jogar melhor nos momentos importantes, o que não é de admirar, tendo em conta que é a 187.ª tenista mundial e já conta no seu palmarés com seis títulos de singulares da Federação Internacional de Ténis.

"Entrei nervosa por ter sido o meu primeiro singular na Fed Cup, mas dei o máximo até ao fim e fiquei satisfeita pelo desempenho, embora gostasse de ter justificado melhor o voto de confiança que me foi dado", disse Maria João Koheler, que substituiu Neuza Silva como titular de singulares.



Michelle Brito-Alexandra Dulgheru

No segundo encontro de singulares, Michelle Brito soçobrou diante de Alexandra Dulgheru, por 6-0, 5-7 e 6-2, em uma hora e 57 minutos de jogo, com o "court" central a abarrotar, incluindo-se entre os espectadores as judocas Telma Monteiro (vice-campeã mundial) e Leandra Freitas, que, no final do dia, confraternizaram com toda a selecção nacional, com direito a troca de autógrafos.

Foi, sem dúvida, a exibição mais agradável da jovem portuguesa de 17 anos, residente nos Estados Unidos, e não podemos esquecer que, pela frente, teve a 54.ª tenista mundial que, na época passada, se notabilizou por tornar-se apenas na quinta jogadora da história a vencer um torneio do WTA Tour (Varsóvia), depois de ter vindo do "qualifying", e estando entre as 200 primeiras do ‘ranking’ mundial.

Michelle Brito "entrou mal em jogo", como reconheceu Pedro Cordeiro. Irina Spirlea disse mesmo que "ela nem esteve em campo". Em meia-hora, encaixou um sempre desagradável 6-0, mas, ao contrário do sucedido no primeiro dia, não baixou os braços e foi à luta.

O segundo "set" da número um portuguesa e 116.ª mundial foi um regalo de ténis ofensivo do fundo do "court". Uma exibição de constante agressão sem perder em consistência e até com direito a algumas aberturas de ângulo.

"A Michelle é incrível. Nunca se sabe o que vai fazer, se a bola vai dentro ou fora. Pode ter meia-hora excelente como no segundo ‘set’, mas a minha jogadora teve o mérito de manter-se sempre na luta. No terceiro ‘set’, a Alexandra conseguiu fazer o tipo de jogo variado que dificulta uma jogadora com as características da Michelle, sobretudo com alternâncias de bolas altas e baixas, compridas e curtas", comentou Irina Spirlea.

"O momento-chave do encontro foi o primeiro jogo do terceiro ‘set’. Ela teve quatro pontos para fechar esse jogo e não conseguiu. A partir daí, andou sempre a correr atrás do resultado", analisou o "capitão" luso.

"Hoje foi ainda melhor do que nos dias anteriores. Ter ganho o segundo ‘set’ foi muito importante para mim, mesmo tendo perdido o encontro. É um sinal de que estou a superar aquela 'crise' dos últimos meses. Vejo que a minha garra está a voltar e sinto que amanhã [sábado] será um grande dia", assegurou Michelle Brito.



Neuza Silva e Maria João Koehler - um par inédito

O encontro de pares deu a Portugal a sua segunda vitória em nove encontros disputados neste "round robin". Pedro Cordeiro decidiu experimentar uma dupla inédita e chamou Neuza Silva e Maria João Koehler.

A combinação da potência da portuense com o conhecimento do jogo de pares e a boa cobertura de rede da setubalense resultou num triunfo de 7-5 e 7-5, em duas horas e sete minutos, sobre Ioana-Raluca Olaru e Irina Begu.

Olaru é a 71.ª tenista mundial, a segunda melhor romena das que estão presentes, jogou singulares no primeiro dia e seria de esperar que pudesse ter defrontado hoje Koehler, mas Irina Spirlea explicou que a tenista "ficou descontente com a sua exibição na primeira jornada [perdeu com a suíça Sadikovic, em três ‘sets’] e já não vinha contente da Austrália".

"Por essa razão, ela pediu para não jogar mais singulares até ao final da semana e, como a Halep estava a jogar bem, o seu pedido foi aceite. A verdade é que a Halep ganhou nos dois dias em que foi chamada aos singulares. A Olaru transitou assim para os pares", sublinhou.

Mas nem a experiência desta "top-100" mundial valeu frente à fogosa equipa portuguesa, que mostrou também excelente comunicação com o público.

"É importante haver disponibilidade e qualidade entre as quatro jogadoras para os pares, porque é um encontro que, muitas vezes, é decisivo. Estamos todas as jogar bem. Gostei de jogar com a Michelle no primeiro dia e dei-me bem com a Maria João hoje 8sexta-feira], mesmo tendo sido a primeira vez que jogámos juntas. Também no passado actuei ao lado da Frederica com bons resultados", disse Neuza Silva, que não atribui relevância ao facto de ter estado em ambas as vitórias portuguesas: "O importante é que Portugal ganhou e não quem jogou".

IN FPT

INTERCLUBES

Neste próximo fim-de-semana haverá jornada tripla!

Sábado os Seniores Masculinos deslocam-se a Ajuda para defrontar a equipa da Boa-Hora pelas 14:00h, e no domingo jogam em "casa" no Complexo de Ténis do Borel contra o CTTorresVedras pelas 11:30h
Basta o CTA sair vitorioso em uma das jornadas para conseguir o apuramento para a fase seguinte (recordo que os interclubes têm 3fases (1ªfase regional, 2ªfase regional onde se defrontam as equipas que passaram de cada grupo, e 3ªfase que é a fase nacional onde se pode lutar pela ascensão à 2ªDivisão).

Por fim, a equipa de Seniores Feminina também entra em campo, no domingo pelas 14:00h na Expo onde vai defrontar a equipa do ETJaimeCaldeira. Para a nossa equipa poder sonhar com a qualificação neste grupo, terá que vencer obrigatoriamente esta jornada.

Contamos com o vosso apoio!