Gil lamenta não ter jogado «um pouco melhor no final»
Frederico Gil, o primeiro português a atingir uma final do Estoril Open e um derradeiro encontro de um torneio do ATP World Tour, lamentou que não tenha conseguido “manter um nível alto” na terceira partida com o espanhol Albert Montañes, que revalidou o título conquistado o ano passado, depois de ter vencido o tenista luso por 6-2, 6-7(4) e 7-5.
“Consegui com uma atitude espectacular manter-me no encontro no segundo ‘set’. Tenho pena não ter conseguido fazer o mesmo no terceiro. Mas sei que tenho de continuar a jogar desta maneira, pois nas próximas semanas, com este nível, terei resultados de certeza”, disse Gil, que salvou dois pontos de encontro no décimo encontro da segunda partida.
“Foi pena não ter conseguido estar um pouco melhor na parte final do encontro, mas o Montañes foi um pouco mais sólido. É um jogador mais experiente e quero felicitá-lo pela vitória e pela intensidade que imprimiu ao jogo”, afirmou Gil.
Perante uma assistência que sempre o incentivou e o aplaudiu – o “Central” esteve lotado – o português, que amealhou 150 pontos ATP e quase 40 mil euros, admitiu que, no início do encontro, sentiu “algum ansiedade” e que estava “nervoso”.
"Para mim, chegar à final foi um momento único”, disse, exibindo, na conferência de imprensa, o troféu de finalista, que sublinhou ter um grande significado: “Representa muito, porque esta semana foi excelente”.
O tenista dirigiu ainda palavras de apreço ao público, considerando que “o ambiente estava fantástico”.
Cunha e Silva considera que Gil estará «mais forte» no futuro
João Cunha e Silva, treinador de Frederico Gil, considerou que o finalista do Estoril Open estará “mais forte” no futuro e reconheceu que era difícil ao tenista de Sintra manter a mesma intensidade de jogo sempre no embate com o espanhol Albert Montañes, que conquistou o segundo título consecutivo no Jamor.
Em alusão ao terceiro “set”, em que Gil esteve a vencer o experiente Albert Montañes por 3-0, João Cunha e Silva disse que “a história do encontro”, que terminou com os parciais de 6-3, 6-7(4) e 7-5 favoráveis ao espanhol, “seria diferente” se o seu pupilo “tivesse feito o 4-0”.
“Mas é quase sobre-humano pedir a um jogador que está a jogar abaixo do que fez o torneio todo que, durante uma hora, jogue sem falhar uma bola”, salientou o treinador e responsável técnico pelo CAR.
Cunha e Silva elogiou a prestação de Gil e frisou que vão “continuar a trabalhar para conseguir mais e melhor”, encarando o futuro “com coragem e ambição”.
O treinador manifestou satisfação pela prestação dos portugueses no Estoril Open, tornando a 21.ª edição a melhor de sempre para o ténis português. Rui Machado, também treinado por Cunha e Silva, atingiu os quartos-de-final (foi eliminado por Gil num duelo cem por cento português), Pedro Sousa, também sob as ordens do treinador, jogou as meias-finais de pares com Leonardo Tavares e Michelle Larcher de Brito venceu um encontro e conseguiu igualar o feito de Neuza Silva, em 2004.
Frederico Gil reconquista número um nacional
Frederico Gil, finalista do Estoril Open, feito nunca antes alcançado por um tenista luso, é novamente o líder dos portugueses no “ranking” ATP. O sintrense é o novo número 102.º do Mundo, com um total de 523 pontos acumulados.
Rui Machado, que cedeu perante Gil nos quartos-de-final do Estoril Open, subiu seis lugares para se fixar na 108.ª posição, com 482 pontos.
Frederico Gil nomeado para melhor atleta de Modalidades
Frederico Gil é um dos cinco nomeados para os Prémios Rádio Clube Português, na categoria Modalidades, a ser entregues no próximo dia 17 de Maio pelas 18h00 no Centro de Congressos do Estoril.
O tenista luso que alcançou o passado fim-de-semana a final do Estoril Open, feito inédito para um português, concorre com os nomeados João Pina (Judo), Carla Couto(Futebol Feminino), Catarina Sousa(Bodyboard) e Francisco Lobato (Vela).
Os votos podem fazer-se através do site do Rádio Clube Português - www.radioclube.clix.pt - ou do telefone: 760 300 745.
Para além de alcançar a final do Estoril Open, Frederico Gil já ocupou a 66.ª posição do “ranking” ATP, o melhor registo de sempre para um tenista português, alcançou a meia-final do ATP World Tour de Joanesburgo, África do Sul, conquistou o título nos ATP Challengeres de Nápoles,Itália, Istambul, Turquia, Sassuolo, Itália(por duas vezes), Sevilha, Espanha desde que se tornou profissional em 2003.